domingo, 23 de outubro de 2011

O pagador de promessas - Dias Gomes

¨Zé do burro era um homem simples do interior da Bahia, conhecido por todos, principalmente pelo fato de existir entre ele e seu animal uma amizade muito profunda. Onde estivesse, também estaria o burro, em todos os afazeres diários e em todos os lugares que freqüentava.
Ao ter o seu animal ferido pela queda de um galho de árvore na cabeça, fez uma promessa. Se seu burro ficasse bom, daria parte de suas terras aos pobres e levaria uma cruz tão pesada quanto a de Cristo até o altar-mor de uma igreja de Santa Bárbara. Como em sua cidade não havia igreja da Santa, fez a promessa em um terreiro de
cancomblé, onde ela é conhecida pelo nome de Iansan
¨O animal ficou bom e seu dono, além de dividir parte de suas terras, caminhou quarenta e dois quilômetros carregando a cruz pesada nas costas, seguido por Rosa sua esposa, até chegar à igreja em Salvador.
¨Ao amanhecer, quando o padre viu aquele homem com uma cruz na escadaria da igreja, e tomou conhecimento da promessa feita em um terreiro de candomblé para Iansan, Santa Bárbara, pela cura de um burro, recusou-se a receber Zé e sua cruz, acusando-o de heresia e culto ao demônio. O jovem padre não admitia o sincretismo religioso, resolveu fechar as portas e somente abrí-las quando aquele homem desistisse e fosse embora. Por sua vez, Zé do Burro decidiu que só sairia quando cumprisse sua promessa integralmente.
  Mais tarde, depois da chegada do delegado e após muitos questionamentos sobre a dignidade da promessa e da proíbição de sua entrada na igreja, foi anunciada a detenção do pagador de promessa que, profundamente consternado, resistiu à prisão e foi morto pela polícia na presença de todos.

JORGE, UM BRASILEIRO. - Oswaldo França Jr.

Oswaldo Frça Jr.
¨Jorge, um brasileiro é uma história oral de um viajante que tem muito que contar, e a recepção é feita mais por um ouvinte do que por um leitor. Jorge narra suas aventuras baseado em suas próprias experiências, na vivência do dia a dia das estradas por onde rodou. As aventuras são os elementos propulsores da história romanesca narrada por Jorge, entre as quais se distingue a aventura principal e várias outras aventuras menores.
¨A aventura principal é a procura de Jorge, o sentido que dá à vida, como na busca dos heróis das histórias romanescas da tradição medieval.
¨A aventura principal começa em Belo Horizonte, quando o protagonista recebe a missão de buscar oito carretas carregadas com trinta toneladas de milho cada uma que estavam em Caratinga sem poder seguir viagem porque a chuva havia danificado as estradas, e havia uma barreira na saída da cidade com policiais impedindo que os motoristas seguissem viagem. O prazo para as carretas estarem em Belo Horizonte era de uma semana. O herói não tinha como recusar a missão. Define-se aí o antagonista: a chuva, e tudo o que ela provocava (barreiras, pontes caídas, danos aos caminhões) de adverso à consecução do objetivo traçado para o protagonista.
 

AMRIK - Ana Miranda

¨O texto de Ana Miranda enquanto unidade de linguagem em uso em que se manifestam traços tais como a linguagem intertextual, polifônica e/ou proliferadora. Através da voz de Oribela, personagem-narradora, uma série de discursos atestam, entre outros aspectos, o quanto é possível utilizar uma linguagem poética e, ainda assim, até por isto, deixar falar as vozes da história que, por muito tempo, foram silenciadas.
¨O título Amrik é uma corruptela de América, na forma como pronunciavam os imigrantes libaneses que se radicaram na capital paulista. A narradora, a dançarina Amina, que luta para sobreviver numa São Paulo adversa enquanto rememora sua infância numa aldeia do Líbano, pode ser tomada como alter-ego de sua criadora. Amina deixa um mundo seguro para trás e vem ao Brasil para tentar ser apenas aquilo que é.
¨Mesmo nos trechos em que assume uma postura didática , Ana não permite que lhe fujam a batida sensual, o traço ondulante, a magia. A história de Amina é, no fim, muito parecida com a das outras mulheres. Amina recebe uma proposta de casamento do mascate Abraão. O amor, com suas vantagens e desvantagens, a deixa indecisa.
¨Não quer perder a liberdade que conquistou ao fugir para o Brasil. Sabe que ela é seu maior bem. Põe-se, então, a narrar sua história.
¨ O romance vem escoltado por um minucioso glossário de quase 100 termos, a maioria de origem árabe. São absolutamente dispensáveis, pois a escrita de Ana Miranda prende o leitor mais pela sensualidade que pela razão. Mas servem como excelente fonte de apoio para os leitores mais desconfiados. A linguagem de Amrik está muito mais próxima das parábolas árabes e das narrativas fantásticas de As mil e uma noites que das pesquisas factuais.
 
 

LIVROS ACAFE

AMRIK

JORGE, UM BRASILEIRO

O PAGADOR DE PROMESSAS


PS: ESTE SÃO OS TRÊS LIVROS QUE EU DAREI ASSISTÊNCIA PARA A ACAFE. JÁ QUE, MUITOS LIVROS DA UFSC REPETEM OS DA ACAFE, ENTÃO, DÊ UMA OLHADA NOS LIVROS DA UFSC.

Viagem & Vaga Música - Cecília Meireles

}Com o livro Viagem, de 1938, Cecília Meireles encontra seu estilo definitivo. O verso melódico sustenta os motivos fundadores de sua poética – sonho, solidão, mar, canção, melancolia, nuvens, céu, morte...
}A obra Viagem, juntamente com Vaga Música, inscrevem-se no panorama do Modernismo brasileiro e assinalam sua singularidade primordial. São poemas marcados pela engrandecimento dos elementos mais simples da existência, os quais adquirem significação simbólica.
}A obra, pela capacidade lírica inovadora, retrata uma permanente viagem interior; intimista e introspectiva, sugerindo num tom leve e delicado, temas de solidão, melancolia, fuga pelo sonho, o vazio do existir, saudades e sofrimento. Essas características percorrerão toda sua obra lírica. 
}Utilizando-se de jogos de palavras, metáforas, sinestesias, dentre outras figuras de linguagem, o eu-lírico investiga o processo de criação literária.
}Viagem é composto por doze poemas, que podem ser interpretados como doze etapas de uma trajetória espiritual, onde vida e poesia se confundem, da mesma maneira que a poeta e a natureza. Formalmente, convivem lado a lado versos de sete e oito sílabas e versos livres.
 

TREZE CASCAES

}A coletânea de contos em homenagem a Franklin Cascaes, com ilustrações de Tércio da Gama, faz parte da programação do centenário de nascimento do etnólogo e desenhista.
}Nos contos, Franklin Cascaes entra para a ficção como protagonista ou figurante, numa concepção literária que revela uma espécie de extensão do trabalho do folclorista, que morreu em 1983. Cascaes ilustrava em suas obras a literatura oral relacionada a bruxas, feiticeiras, lobisomens e fenômenos encantados que faziam parte do universo ilhéu. O seu legado deu a Florianópolis o título de “Ilha da Magia”, influenciou outros artistas e mexeu com o imaginário dos escritores.
 
}De leitura tão agradável quanto enriquecedora, os 13 contos, desdobram facetas múltiplas do gênio bruxo e a herança que nos legou, entrelaçando com habilidade ficção e realidade.
}Os mestres do conto catarinense assumiram um desafio inusitado: incorporar à ficção a conhecida personalidade real de Franklin Cascaes, prestando-lhe digna homenagem.
 
Franklin Joaquim Cascaes 
  
}Franklin Joaquim Cascaes nasceu na localidade de Itaguaçu, quando ainda pertencia ao município de São José da Terra Fime, em 16 de outubro de 1908. Cresceu em contacto com a pesca e com a pequena agricultura desse lugar habitado por açorianos.
}Faleceu na Ilha de Santa Catarina, terra tão venerada por ele, no dia 15 de março de 1983. Fez estudos nas escolas de Aprendizes de Artífices, depois Escola Industrial de Santa Catarina, onde chegou a ser professor. Como artista, foi autodidata.
}Utilizou todo o seu talento para registrar com a escrita, o desenho, a escultura, o artesanato, todo o universo legado pelos antigos colonos açorianos através dos seus descendentes, dos quais foi um dos seus maiores representantes. O grande acervo deixado por Franklin Cascaes dá-nos a certeza de que foi um dos maiores defensores da tradição popular ilhoa. Na sua paciente pesquisa, desenvolvida ao longo de trinta anos, conseguiu salvar a memória da cultura popular de Santa Catarina.

A CIDADE ILHADA - Milton Hatoum

}A maioria dos contos tem como cenário a mesma Manaus cosmopolita que costuma aparecer em sua obra, cidade habitada pela memória inventada de narradores nativos e estrangeiros e, é claro, do próprio autor, e também pelo contraste entre esplendor e miséria, pelo fascínio encarnado na exuberância natural da região, com seus rios e mistérios, e a decadência que a consumiu nas últimas décadas.
}Os contos refletem mais a vida nômade, que foi também a de Miton antes de se tornar um autor consagrado, pois viveu por alguns anos na Europa; depois, deu aulas de Literatura nos Estados Unidos, e hoje mora em São Paulo. As histórias têm humor e leveza porque dizem respeito à sua vida de andarilho, que foi uma época de pobreza, mas de muita alegria, segundo Hatoum.
}A leveza está em histórias como "Dançarinos na última noite", a preferida de Hatoum, no qual o empregado de um hotel encontra uma pequena fortuna dentro de uma jiboia. Em vez de mudar de vida, decide viver como um rico, por apenas uma noite.
}Ou em "Encontros na península", em que o protagonista ensina Machado de Assis a uma viúva espanhola, que quer estudar a obra do brasileiro para se vingar do ex-amante - um dos contos nos quais Hatoum se distancia de Manaus e de seus personagens habituais.
O olhar estrangeiro em Manaus permeia praticamente todo livro, como deve mesmo ser para quem cresce na fronteira entre o país urbanizado e a floresta, entre a modernidade e o selvagem. O estrangeiro de "A Cidade Ilhada" é atento, curioso, desconfiado com tudo que cerca o mundo real.
O AUTOR
}Hatoum nasceu no dia 19 de agosto de 1952 em Manaus, Amazonas. Seu pai era um imigrante do Líbano que conheceu uma brasileira também de origem libanesa. Durante sua infância, Milton conviveu com a cultura, a religião e a língua dos árabes do Oriente Médio e dos judeus da África. Aos 15 anos mudou-se para Brasília e concluiu os estudos secundários na capital.
}Depois dos estudos secundários na capital brasileira, Hatoum mudou-se para São Paulo. Três anos depois, ingressou na Universidade de São Paulo, cursando arquitetura e urbanismo. Em 1980 viajou para a Espanha como bolsista do instituto Iberoamericano de Cooperación. Nesta década, viveu entre Madri e Barcelona. Logo depois, mudou-se para a França, onde cursou pós-graduação na Universidade de Paris III.

 

Memória de um Sargento de Milícias - Manoel Antônio de Almeida - CONTINUAÇÃO

ESPAÇO
}O espaço físico apresentado na obra é o meio urbano brasileiro do século XIX. A história se
passa no Rio de Janeiro, e descreve seus principais pontos, como igrejas, principais ruas,
mas descreve também pontos bem à margem da sociedade, como acampamentos de ciganos
e bares.

ENREDO



}Leonardo, o futuro sargento de milícias, filho de Leonardo-Pataca e de Maria Hortaliça é o resultado das pisadelas, beliscões e outros atos similares praticados pelo casal de imigrantes portugueses durante a travessia do Atlântico rumo ao Rio de Janeiro.
}Leonardo-Pataca, que se tornara meirinho, confirma certo dia as suspeitas de que sua mulher não mantinha a mesma fidelidade que durante a viagem.
}Em consequência, briga com ela, expulsa de casa o garoto com um enérgico pontapé e sai em busca de consolo. Ao retornar à tarde, em companhia do compadre e padrinho do menino, é informado de que Maria-da-Hortaliça, saudosa da pátria, tinha fugido e embarcado novamente, rumo a Portugal, a convite do capitão de um navio que partira pouco antes. Logo a seguir, Leonardo-Pataca vai viver com uma cigana, que, por sua vez, também o abandona.
}Enquanto isso, Leonardo, o filho, adotado pelo padrinho, que muito se afeiçoara a ele, vai crescendo e a cada dia se revela mais briguento e travesso, prenunciando futuros envolvimentos com o famoso major Vidigal, que era o terror de todos os malandros e baderneiros da época.
}O padrinho, com infinita paciência, tenta encaminhar o menino na prática da religião para qual este não revela grandes pendores.
Para desgosto do padrinho e da madrinha, que queriam encaminhá-lo em uma profissão, Leonardo não demonstra qualquer interesse. Prefere a vida livre das brincanagens. Certo dia, em casa de Dona Maria, uma mulher das vizinhanças, conhece a sobrinha desta, Luisinha, sua futura mulher.
}Leonardo entra para as hostes do major Vidigal, não revelando, naturalmente, grande amor por esta nova profissão e passando boa parte de seu tempo na prisão por indisciplina. Sempre com a proteção da comadre, que recorre à ajuda de Maria Regalada, um antigo amor de Vidigal, Leonardo supera todas as adversidades, chegando ao posto de sargento de milícias.
 
 

Memória de um Sargento de Milícias - Manoel Antônio de Almeida

A narrativa de Memórias de um sargento de milícias, de estilo jornalístico e direto, incorpora a linguagem das ruas, classes média e baixa, fugindo aos padrões românticos da época, onde os romances retratavam os ambientes aristocráticos. A experiência de ter tido uma infância pobre contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida desenvolvesse a sua obra.
Características 
}Linguagem: 3ª pessoa;
}Estilo:escrito em forma de folhetim (os capítulos eram publicados em seqüência nos jornais da época, o que prendia o leitor, pois deixava um suspense em relação ao capítulo posterior). Essa característica é utilizada atualmente em novelas, como um resquício do folhetim, com a finalidade de colocar o telespectador em suspense.
}Verossimilhança: Ao contrário de outras obras românticas, o autor mostra uma visão bem próxima à realidade. Os problemas sociais, as atitudes dos personagens e uma visão menos idealizada da realidade caracterizam a obra como precursora no Realismo. 
PERSONAGENS 
}As personagens são planas, ou seja, elas não mudam seu comportamento no desenrolar da história. Por exemplo a personagem principal, o memorando: Leonardinho, desde criança era travesso. Planejava vinganças, criava situações constrangedoras para quem ele não gostava, mas era amado por poucos como o seu padrinho e a comadre. Isso caracteriza o tipo pícaro, ou malandro nos termos cariocas. E até o final do livro Leonardinho não muda esse jeito pícaro de viver.
}As personagens se destacam por traços gerais e comuns ao grupo que pertencem.Muitas personagens não têm nome pois são alegorias(representações simbólicas) do tipo de gente da época e da classe sócio-econômica a que pertencem. 
 

Livros UFSC

- “Inocência”, de Visconde de Taunay
- “A Cidade Ilhada”, de Milton Hatoun
- “Treze Cascaes”, de Adolfo Boss e Outros
- “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manoel Antônio de Almeida
- “Jorge, um brasileiro”, de Oswaldo França Júnior
- “Viagem & Vaga Música”, de Cecília Meireles
- “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes
- “Amrik”, de Ana Miranda

Os livros sublinhados serão os que eu passarei resumo, por serem mais específicos. Mesmo porque, logo passarei os livros da ACAFE também. Aproveitem.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CALENDÁRIO DOS LABORATÓRIOS DE REDAÇÃO

AS AULAS COMEÇAM SEMPRE ÀS 15:00, TÉRMINO ÀS 16:30

AGOSTO - 12 e 26

SETEMBRO - 09 e 23

OUTURO - 07 e 21

NOVEMBRO - 04 e 18

DEZEMBRO - 09

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Modernismo

No Brasil o Modernismo tem data de nascimento: 11 de fevereiro de 1922, com a Semana de arte moderna de 1922. Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse. Para os modernistas, simbolizados em Mário de Andrade, a prática da poesia tem que ser (ou tem que ter) uma reflexão consciente dos problemas da linguagem, das suas limitações e possibilidades. Além disso vêem no poeta um sujeito criador consciente do texto literário.O Modernismo deixou marcas nas gerações seguintes, como se observa, em geral, uma maior liberdade lingüística, a desconstrução literária e o introspectivismo. Estes novos elementos foram muito bem explorados por Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto (um mais lírico, outro mais objetivo, concreto), pelos romancistas de 30, na prosa intimista de Clarice Lispector, pelos tropicalistas que são motivo de inspiração até hoje na produção contemporânea.
Principais autores

Pré-Modernismo

O pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo.O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920". Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes de idéias, sem se fixar a nenhuma delas).
Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras, mas essencialmente eram marcados por duas características comuns:
Conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas;
Renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período.
Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esse autores não avançaram o bastante para serem considerados modernos. Notando-se, até, em alguns casos, resistência às novas estéticas.
Principais autores

Simbolismo

Na Europa, o simbolismo inicia-se na última década do século XIX e avança pelo início do século XX, paralelamente as tendências do pré modernismo. O misticismo, o sonho, a fé e a religião passam a ser valores em busca de novos caminhos
O Simbolismo no Brasil começa com as obras Missal e Broquéis ambos escritas por Cruz e Sousa
Características gerais:
  • Uso de figuras de linguagem (sinestesia e aliteração)
  • Musicalidade (A música acima de tudo)
  • Valorização das manifestações espirituais e metafísicas
  • Rebusca valores românticos
  • Aversão ao que é real
  • Amor ao lúdico e sublime
  • Tenta buscar a essência do ser humano
  • Oposição entre matéria e espírito
Principais autores

Parnasianismo

O Parnasianismo é a forma poética do Realismo.
  • Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, dai as palavras raras e rimas ricas.
  • Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico.
  • Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e justifica por sua beleza. Faz referências ao prosáico, e o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos.
  • Estética/Culto à forma: Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal. Aspectos importantes para essa estética perfeita são:
  • Rimas Ricas: São evitadas palavras da mesma classe gramatical. Há uma ênfase das rimas do tipo ABAB para estrofes de quatro versos, porém também muito usada as rimas ABBA.
  • Valorização dos Sonetos: É dada preferência para os sonetos, composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. Revelando, no entanto, a "chave" do texto no último verso.
  • Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas, etc.
  • Descritivismo: Grande parte da poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada como "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira.
  • Temática Greco-Romana: A estética é muito valorizada no Parnasianismo, mas mesmo assim, o texto precisa de um conteúdo. A temática abordada pelos parnasianos recupera temas da Antiguidade Clássica, características de sua história e sua mitologia. É bem comum os textos descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e até mesmo objetos.
Principais autores

Realismo - Naturalismo

O realismo tem que ser analisado a partir de um novo ponto de referência; a Europa vive a segunda fase da revolução industrial e ao mesmo tempo conhece o desenvolvimento do pensamento científico junto com a doutrina filosófica e social.Augusto Comte, Karl Marx e Charles Darwin são os iniciadores europeus com suas correntes: o Positivismo, Socialismo e Darwinismo. O realismo evidencia fatos e acredita no real sem sentimentos lúdicos e melosos dos românticos e acredita que o homem é psicologicamente formado sem nenhuma interferência natural ou humana

Brasil: Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis (1881)
Principais autores

Naturalismo

Aluísio Azevedo
O naturalismo ocorre básicamente na mesma época do realismo; alguns dizem que o naturalismo é apenas uma manifestação do realismo mas as diferenças são bem visíveis.
O naturalismo tenta explicar que o homem é modificado pelo ambiente em que vive e que a natureza influi na razão. Diferente do romance realista que presa a classe social dominante, o romance naturalista presa a comunidade mais pobre. Podemos ver isso claramente ao ler a obra o cortiço de Aluísio de Azevedo
Brasil: O Mulato de Aluísio de Azevedo (1881)
Principais autores

Romantismo

O Romantismo no Brasil teve como marco fundador a publicação do livro "Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves de Magalhães, em 1836, e durou 45 anos terminando em 1881 com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis. O Romantismo foi sucedido pelo Realismo.

Primeira geração (indianista)

Gonçalves Dias
  • Nacionalismo
  • Patriotismo
  • Índio como herói
  • Antiestrangeirismo
  • Sentimentalismo
Autores

Segunda geração (ultrarromântica, mal do século e byronista)

Casimiro José Marques de Abreu
  • Atração pela morte (mal-do-século)
  • Individualismo
  • Pessimismo
  • Escapismo
Autores

Terceira geração (condoreira)

Castro Alves
por causa do pássaro condor que tem visão ampla sobre todas as coisas
  • Todas as questões sociais
  • Erotismo
  • Abolicionismo
  • Mulher vista com defeitos e qualidades
  • Política
Autores

Romantismo (prosa)

O Romantismo na prosa ou também conhecido como romance romântico tem básicamente as mesmas características que o romantismo na poesia porém em vez de poesias são feitos livros onde existem alguns segmentos. Como a prosa social-urbana, indianista, regionalista e histórica. Com caráter burguês, epidermico, pouco intelectual e de personagens lineares, saiam nos jornais em fasciculos para agradar à mulher e o estudante burguês( classe dominante na época).
Principais autores

Arcadismo

No Arcadismo alguns autores se revoltam com a política e a sátira passa a ser uma das principais características, mas no Arcadismo acontece também o amor platônico como no caso de Claudio Manoel da Costa que em suas poesias, inventou uma musa chamada Nise que na verdade não existia. Já no caso de Tomás Antonio Gonzaga realmente vive um amor impossível com uma mulher casada por não poder tocá-la passa a fazer poesias para ela com o nome de Marília pois ninguém podia saber de quem se tratava.
Principais autores

Quinhentismo

O quinhentismo tem esse nome por se passar em 1500 e se resume a todos os acontecimentos históricos vividos no descobrimento do Brasil e a religião que a Igreja queria passar para os índios em forma de sermões. Inclusive o que marca no Quinhentismo é a carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal relatando tudo que se passava no Brasil e suas riquezas. É por isso que o Quinhentismo também é chamado de Literatura Informativa. Porém o Quinhentismo se destaca na Literatura Jesuíta através dos sermões com intenção de catequizar os habitantes brasileiros da época (Índios).
Principais autores

Classicismo

Em Arte, o Classicismo refere-se, geralmente à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem imitar. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio, o rigor - ou, segundo a nomenclatura proposta por Friedrich Nietzsche: pretende ser mais apolínea que dionisíaca.
Alguns historiadores de arte, entre eles Giulio Carlo Argan, alegam que na História da arte concorrem duas grandes forças, constantes e antagônicas: uma delas é o espírito clássico, a outra, o romântico.
As duas grandes manifestações classicistas da Idade Moderna européia são o Renascimento e o Neoclassicismo.
Serve também o termo clássico para designar uma obra ou um autor depositários dos elementos fundadores de determinada corrente artística.
Características do Classicismo
  • Universalismo
  • Racionalismo
  • Antropocentrismo
  • Paganismo
  • Neoplatonismo
  • Referência à cultura grega
Apuro formal:
  • Soneto (2 Quartetos 2 Tercetos)
  • Versos Com Até 10 Síladas Poéticas (Estilo doce novo & Medida nova)
  • Rimas Bem Trabalhadas

Trovadorismo

A religião, na Provença, desenvolvia-se em mosteiros, que foram verdadeiros centros de cultura artística. Tudo o que se produzia na Idade Média estava relacionado aos textos sagrados e ao cristianismo. A Igreja era o centro do poder naquela época e fica bem mais fácil a compreensão desse movimento assistindo ao filme O Nome da Rosa. A Igreja só começa a perder sua força no movimento denominado Arcadismo que ocorreria muito tempo depois na segunda metade do século XVIII. O trovadorismo inicia no século V mas explode nos séculos XII e XIV com diversas cantigas e com poetas trovadores e principalmente quando ocorre a evolução da língua portuguesa que com a mesma força que tinham para amar e escrever diversas poesias, faziam diversas críticas.

Cantiga de amor

Eu lírico masculino. Ausência do paralelismo de par de estrofes e do leixa-pren. Predomínio das idéias. Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante. Amor cortês; convencionalismo amoroso. Ambientação aristocrática das cortes. Forte influência provença. Amor impossível e platônico devido a posição social da mulher ser melhor que a do trovador apaixonado. Vassalagem amorosa "o eu lírico usa o pronome de tratamento "senhor".

Cantiga de amigo

Eu lírico feminino. Presença de paralelismos. Predomínio da musicalidade, por esse motivo apresenta refrão. Assunto Principal: o lamento da moça cujo namorado partiu. Amor natural e espontâneo. Ambientação popular rural ou urbana. Influência da tradição oral ibérica. Amor possível. Deus é o elemento mais importante do poema. Pouca subjetividade. É mais popular.

Cantiga de escárnio

Na cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, num processo que os trovadores chamavam "equívoco". O cômico que caracteriza essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.

Cantiga de maldizer

Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não pode ser revelada.

Escolas Literárias - Características Principais

Escola literária ou movimento literário é o nome dado a todos os acontecimentos históricos envolvendo os donuts desde a invenção da escrita até os dias atuais.Os movimentos podem ser divididos da seguinte forma: Trovadorismo, Humanismo, Renascimento, Classicismo, Quinhentismo, Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e Tendências Contemporâneas.

Narração

O termo “narrar” vem do latim “narratio” e quer dizer o ato de narrar acontecimentos reais ou fictícios. Na Antigüidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos surgiu dentro do gênero épico a variante: gênero narrativo, a qual apresentou concepções de prosa com características diferentes, o que fez com que surgissem divisões de outros gêneros literários dentro do estilo narrativo: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem?, que? quando? onde? por quê?


Narrador: é o que narra a história, pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, temconhecimento da história e das personagens, observa e conta o que está acontecendo ou aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da história e, contudo, narra os fatos à medida em que acontecem, não pode prever o que acontecerá com as demais personagens).

Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem narra, flash-back feito pelo narrador).

Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem.
Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho.
Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, se encadeiam os fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Molotov - Frijolero (México)



Ótimo vídeo de uma música da banda Molotov. Relatando e refrescando as idéias sobre a cultura mexicana, principalmente, a relação México - Estados Unidos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ouro de Tolo - Raul Seixas

Adoro ler e analisar esta letra sempre que é possível. Já li e li mais uma vez inúmeras vezes. A interpretação desta música é fabulosa. Poética e contemporânea. Gostaria de compartilhar esta maravilha da música brasileira.

Segue a letra

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...
Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Baia - Ouro de Tolo (vale a pena ver esta interpretação)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

The History of Coca Cola

In May, 1886, Coca Cola was invented by Doctor John Pemberton a pharmacist from Atlanta, Georgia. John Pemberton concocted the Coca Cola formula in a three legged brass kettle in his backyard. The name was a suggestion given by John Pemberton's bookkeeper Frank Robinson.

Birth of Coca Cola

Being a bookkeeper, Frank Robinson also had excellent penmanship. It was he who first scripted "Coca Cola" into the flowing letters which has become the famous logo of today.

The soft drink was first sold to the public at the soda fountain in Jacob's Pharmacy in Atlanta on May 8, 1886.
About nine servings of the soft drink were sold each day. Sales for that first year added up to a total of about $50. The funny thing was that it cost John Pemberton over $70 in expanses, so the first year of sales were a loss.
Until 1905, the soft drink, marketed as a tonic, contained extracts of cocaine as well as the caffeine-rich kola nut.

Asa Candler

In 1887, another Atlanta pharmacist and businessman, Asa Candler bought the formula for Coca Cola from inventor John Pemberton for $2,300. By the late 1890s, Coca Cola was one of America's most popular fountain drinks, largely due to Candler's aggressive marketing of the product. With Asa Candler, now at the helm, the Coca Cola Company increased syrup sales by over 4000% between 1890 and 1900.
Advertising was an important factor in John Pemberton and Asa Candler's success and by the turn of the century, the drink was sold across the United States and Canada. Around the same time, the company began selling syrup to independent bottling companies licensed to sell the drink. Even today, the US soft drink industry is organized on this principle.

Death of the Soda Fountain - Rise of the Bottling Industry

Until the 1960s, both small town and big city dwellers enjoyed carbonated beverages at the local soda fountain or ice cream saloon. Often housed in the drug store, the soda fountain counter served as a meeting place for people of all ages. Often combined with lunch counters, the soda fountain declined in popularity as commercial ice cream, bottled soft drinks, and fast food restaurants became popular.

New Coke

On April 23, 1985, the trade secret "New Coke" formula was released. Today, products of the Coca Cola Company are consumed at the rate of more than one billion drinks per day.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Quem são os Libertadores da América?

O nome com que foi batizado o maior torneio interclubes do futebol sul-americano não homenageia um agrupamento oficial ou uma instituição, mas, sim, o conjunto de líderes dos processos de independência dos países da América do Sul. Os principais foram Simón Bolívar e José de San Martín, que atuaram no processo de independência de diversos países, engajados em um ideal de libertação maior, que visava inclusive a formação de uma grande nação pan-americana. Mas também são considerados libertadores líderes de caráter menos guerreiro, como dom Pedro I, o libertador brasileiro, que proclamou a independência em um processo pacífico, motivado mais pela briguinha que mantinha com o pai, o então rei de Portugal, dom João VI, do que propriamente como parte de um ideal popular de libertação. Simón Bolívar, o ídolo supremo do presidente venezuelano Hugo Chávez, ganhou o apelido de El Libertador após um acontecimento bem mais turbulento do que o Grito do Ipiranga: após um período de exílio na Colômbia, Bolívar e sua tropa invadiram a cidade de Mérida, na Venezuela, no dia 23 de maio de 1813, dando início à independência daquele país. Um fato curioso é que a Venezuela, onde nasceu Bolívar, tem um péssimo retrospecto na Copa Libertadores da América. Nenhum time venezuelano sequer chegou a uma semifinal da competição, que já está na 48ª edição.

Fonte: Revista Mundo Estranho